quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rio Music Conference recebe DJs em semana de discussões e festas

JB OnLine
Braulio Lorentz, Jornal do Brasil

18/02/2009

RIO - As batidas do tamborim e de outros instrumentos carnavalescos, acredite, vivem em simbiose com as eletrônicas. Não é por acaso que o primeiro Rio Music Conference começa nesta quarta-feira e vai até a próxima quinta-feira, na semana dominada por blocos e desfiles na Sapucaí. O evento foca a música eletrônica em três frentes. Palestras e oficinas, festas e feira de negócios ocupam a Marina da Glória, no Aterro do Flamengo.
– Só se consegue fazer um line-up tanto para palestras quanto para os DJs por ser carnaval – explica Guilherme Borges, organizador do evento e diretor da OSC Marketing. – O Rio nesta época é conhecido pelo mundo todo. O David Guetta, por exemplo, vai para a Sapucaí. É mais fácil convencer um produtor pernambucano a vir se for nesta época. Eles vêm com a família para o carnaval e animam mais fácil.

Inspirado em feira de Miami
Entre os principais DJs que se apresentam estão o francês David Guetta (sexta-feira); o inglês Pete Tong e o brasileiro Gui Boratto (sábado); o alemão Sven Vath (domingo); o holandês Armin Van Buuren (segunda-feira); e o americano Erick Morillo (terça-feira).
Entre eles, o mais aguardado é Van Buuren, que defende a fusão de estilos, o trance e o primeiro posto no top 100 da renomada revista britânica DJ Mag em 2007.
– Eles têm uma agenda muito concorrida e conseguimos reunir cinco tops seguidos – diz Borges.
O RMC tem como referência grandes eventos como o Sonar e principalmente o Winter Music Conference (WMC), que mobiliza 40 mil pessoas por ano em Miami. A 24ª edição acontece em março.
– O Winter Music é uma inspiração. Estou super a par de como vai ser. Vou sentir um pouco de tudo. Participo das duas paradas, um workshop de produção musical e toco numa festa. Quero ver outros workshops – conta Gui Boratto.
Para Borges, era esperado o timing certo para se fazer algo com tais proporções no Brasil.
– A indústria da música eletrônica precisaria estar consolidada – ressalta o organizador. – Não só bem de bilheteria, mas profissionalizada. É assim que nasce uma feira. Ano passado percebemos que chegou o momento. De uns cinco anos para cá veio uma gama de empresas e patrocinadores.
Ele revela que a primeira edição está sendo tratada como marco zero. A feira de negócios nos moldes desejados pela organização só vai ser lançada em 2010.
– Para este ano já temos oito expositores, é como um embrião de uma feira. Vamos consolidar no ano que vem – relata Borges.

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