Tribuna do Brasil
24/02/2009
Ed Alves
Organizadores estimam que 15 mil pessoas seguiram o bloco de frevo
Não muito diferente de sábado, o segundo dia de desfile do Galinho de Brasília ocorreu ontem com tranquilidade para os foliões da tradicional festa de frevo da capital.Organizadores estimam que 15 mil pessoas seguiram o bloco de frevo
O 17º Galinho de Brasília arrastou muita gente pelas pistas do Eixão Sul e das entrequadras 203/204, 103/104 e 302/303 Sul.Segundo o diretor do eventos do bloco, Franklin Maciel, cerca de 15 mil pessoas pularam o carnaval na segunda-feira, embaladas pelos frevos do Galinho. Quantidade maior que a verificada pela direção no primeiro dia de desfile. De acordo com ele, no sábado, cerca de 15 mil foliões acompanharam o bloco pelas ruas de Brasília.
“O melhor dia do Galinho é sempre na segunda-feira. O fato de termos mudado de itinerário não prejudicou a vinda de pessoas na festa”, afirmou Maciel. Dados da Polícia Militar apontam que o segundo dia do evento mobilizou um pouco mais de pessoas que os 4,5 mil contabilizadas pela corporação no primeiro dia. “Quatro mil e quinhentas eram só o número de foliões que se concentraram nas entrequadras”, contradisse Maciel.
Com mais ou com menos foliões, passando ou não pelos mesmos locais de anos anteriores, o tradicional bloco de rua não deixou de dar a sua festa. Com a marchinha “Madeira de Rosarinho/ Madeira de lei que cupim não rói”, o Galinho se concentrou às 15h, em frente ao Banco Central, horário que já era possível ver uma pequena aglomeração de foliões. Jovens, crianças, idosos, pernambucanos, brasilienses, mascarados e fantasiados.
Em suma, o público tradicional de Galinho de Brasília. Todos, mais uma vez, se renderam às alegrias dos frevos e aos contagiantes bonecos inspirados no carnaval de Olinda, Pernambuco. A dona de casa, Vanja Aguiar, 71 anos, também estava lá. A veterana da festa não decepcionou e pela 17º vez pulou junto com filhos e netos. “Venho desde a primeira edição e sempre trago minha família. Sei que esse ano o percurso será diferente, mas vou andar com ele todo esse trecho”.
Nesta edição, o Galinho mostrou que continua com seu jeito “carnaval em família”. Até mesmo parentes vindos diretamente de Pernambuco foram festejar o bloco. O pernambucano Adauto de Freitas, morador da capital, foi um dos que desembarcou na cidade com a mãe, irmãos e sobrinhos para presenciar o bloco de rua. “Há três anos freqüento o Galinho de Brasília e sempre trago alguém da minha família que mora em Pernambuco” Para esse ano, ele trouxe mais gente que o de costume: onze parentes. “A melhor curtição de Brasília é o Galinho. É muito gostoso”, declara.No Galinho de Brasília de 2009, a segurança e o comércio foram setores que sofreram modificações em relação às festas de anos anteriores.
Após o incidente ocorrido na edição do ano passado, entre foliões e policiais, o comando da Polícia Militar do DF mobilizou 100 militares para acompanhar cada dia de festa. Para melhorar a segurança, todo o percurso da festa foi sinalizado com cones. “Esse procedimento foi tomado para causar o menor transtorno possível”, justifica o coordenador das equipes militares, tenente-coronel Alair.A mudança de itinerário do bloco causou o descontentamento nos ambulantes que costumam acompanhar a festa.
Segundo os vendedores, a saída de produtos diminuiu significativamente. “As vendas nesse ano foram muito baixas. Com certeza foi porque a festa mudou de local”, relatou a ambulante Elida Reis, 48 anos, comerciante no Galinho há 10. Rafael Pereira, também vendedor no bloco há 10 anos, foi outro descontente com a baixa no lucro. Segundo ele, as máscaras e sprays que costuma oferecer na festa não renderam o que esperava.
“No sábado não vendi nenhum produto. Antes, Eu vendia R$ 5 mil em um dia. Esse é meu último ano de Galinho. Não venho mais vender”.
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