sexta-feira, 8 de maio de 2009

Muito além do tango eletrônico

Tribuna do Brasil (DF)
08/05/2009

Divulgação


Formado por argentinos e uruguaios, grupo Bajofondo se apresenta hoje no Teatro Nacional

Sobe ao palco da Sala Villa Lobos no Teatro Nacional, hoje, às 21h, para única apresentação, o grupo Bajofondo, autores da música de abertura da novela A Favorita. Desde que foi criado em 2002, o grupo multinacional Bajofondo, formado por quatro argentinos e quatro uruguaios, percorreu uma trajetória impar. Lançou quatro álbuns, ganhou um Grammy e vários outros prêmios. Revolucionou um gênero musical tido até então como intocável, vendeu milhares de cópias em todo o mundo e ganhou fama internacional, para muito além das fronteiras da língua original.

O grupo, que no Brasil ficou conhecido pelo tango eletrônico no horário nobre da televisão, tem em sua formação Gustavo Santaolalla (guitarra, percussão, voz, coros), Juan Campodónico (programação, beats, samples, guitarra), Luciano Supervielle (piano, teclados, scratch), Javier Casalla (violino), Martín Ferrés (bandoneom), Gabriel Casacuberta (contrabaixo, baixo elétrico), Adrián Sosa (bateria) e Verónica Loza (VJ, voz).

De volta à estrada em uma turnê mundial para o lançamento de seu quarto CD, Mar Dulce, o Bajofondo retorna ao Brasil para três apresentações. Ontem eles estiveram em São Paulo, no palco do Via Funchal. Hoje será a vez de Brasília, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Claudio Santoro. Amanhã estarão no Rio de Janeiro, no Vivo Rio, e finalizam a turnê brasileira no domingo, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.

Criado pelo produtor argentino Gustavo Santaolalla com o uruguaio Juan Campodónico, o Bajofondo lança seu CD "Mar Dulce" agora sem o adendo Tango Club no nome. Segundo o produtor a intenção é explícita, “internacionalizar o som do grupo, que também pode ser chamado de coletivo, e aproximar seu contato com outros gêneros, que vão desde os ritmos tradicionais latino-americanos, até o pop e a música eletrônica”. A crítica internacional tem sido só elogios para o novo álbum e para o show, que está na estrada desde dezembro.

Embora pioneiro do que se conhece em todo mundo pelo nome de “tango eletrônico”, o Bajofondo não considera que essa definição seja apropriada para sua música. O projeto que recebeu o nome de Bajofondo Tango Club, inicialmente, foi uma aliança de produtores, músicos e cantores que tomou forma no estúdio de gravação, processo que culminou com o lançamento de seu primeiro álbum. Com o passar do tempo e das múltiplas excursões, o grupo de artistas com destacadas trajetórias individuais foi convertendo-se em uma autêntica banda, cujas performances ao vivo causam sensação em todo mundo. E à medida que a música do Bajofondo cresce, evolui e se expande, a denominação “tango eletrônico” se torna cada vez mais insuficiente.

Música do Prata
Gustavo Santaolalla tem uma explicação muito concreta para isso: “Nós não gostamos do rótulo ‘tango eletrônico’, porque não consideramos o que fazemos nem tango, nem eletrônico. Achamos que fazemos música do Rio da Prata, e que se querem fazer uma música que represente o som atual de lugares como Buenos Aires e Montevidéu. Obviamente gêneros como o tango, a murga (banda de músicos ambulantes), a milonga e o candombe vão estar presentes, porque fazem parte do mapa genético-musical desse lugar do mundo. Mas também fazem parte desse mapa e da história da região os 40 anos de rock argentino e uruguaio, o hip hop e o eletrônico”.


Show Bajofondo
08 de maio (sexta-feira)
Horário: 21h
Local: Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional
Pontos de venda: Bilheteria do Teatro
R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia-entrada para estudante, professor, idoso)
Censura: 14 anos


Fonte : Tribuna do Brasil
Data : 08 de maio de 2009

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