Diretor teatral e dramaturgo carioca morreu no Rio de Janeiro de insuficiência respiratória no sábado
O Estadão
Agência Brasil
04/05/2009
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota neste domingo, 3, de pesar pela morte do diretor teatral e dramaturgo Augusto Boal, de 78 anos, que faleceu no sábado de insuficiência respiratória, no Rio de Janeiro. Ele sofria de leucemia e estava internado desde o dia 28 de abril. O local e o horário do enterro não foram divulgados.
Para Lula, o dramaturgo inspirou gerações e deixa a imagem "de um homem apaixonado pela vida e pelo que fazia". "Por sua importância para o teatro contemporâneo, no Brasil e no mundo, seu papel de expoente do Teatro de Arena, em São Paulo, e de fundador do revolucionário Teatro do Oprimido, Boal inspirou diferentes gerações, no nosso país e no exterior", afirma a nota.
Para os brasileiros e os amantes do teatro e da promoção da igualdade entre os homens", diz ainda a nota, Boal "deixa uma marca que jamais será esquecida, além do exemplo de um companheiro que dedicou sua vida à transformação social por meio da arte".Boal fundou o Centro de Teatro do Oprimido (CTO-Rio), em 1986, onde o público era transformado em ator.
O trabalho do carioca, que também era ensaísta e teórico do teatro, ganhou destaque nos 1960 e 1970, quando esteve à frente do Teatro de Arena de São Paulo e criou o Teatro do Oprimido, pelo qual foi internacionalmente reconhecido por aliar arte dramática à ação social.
Boal chegou a se formar em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1950, mas viajou em seguida para os EUA, onde estudou artes cênicas na Universidade de Columbia. De volta ao Brasil, sua primeira peça como diretor do Arena foi Ratos e Homens, de John Steinbeck, que lhe rendeu o prêmio de revelação da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).
Dirigiu ainda, entre outras peças, Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, e Chapetuba Futebol Clube, de Oduvaldo Vianna Filho. Foi o diretor do espetáculo Opinião, com Zé Ketti, João do Vale e Nara Leão, que passou para a história como um ato de resistência ao golpe militar de 1964.
(Com Fábio M. Michel, da Central de Notícias)
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