terça-feira, 14 de abril de 2009

OSTNCS recebe Marlos Nobre

Do Site da Secretaria de Cultura do DF
http://www.sc.df.gov.br/
14/04/2009

Na próxima terça-feira (14), sob a regência do maestro titular Ira Levin, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) receberá um convidado ilustre: o pianista Marlos Nobre. Além das composições ‘Divertimento' e ‘Concerto Breve' do próprio visitante, o público poderá conferir ‘Baquianas Brasileiras nº 2' de Heitor Villa-Lobos e ‘La Tragédie de Salome', de Florent Schimitt.
Marlos Nobre nasceu em Recife em 1939, formou-se em composição musical no Instituto Torcuato Di Tella em Buenos Aires com os grandes mestres Alberto Ginastera (Argentina), Olivier Messiaen (França), Ricardo Malipiero e Luigi Dallapiccola (Itália). Venceu 25 prêmios internacionais de composição musical, entre eles o Prêmio UNESCO em 1974 e recentemente o Premio Tomás Luis de Victoria 2006, como o maior compositor contemporâneo da Iberoamérica. Escreveu 240 obras até o presente, gravadas e difundidas mundialmente pelas grandes orquestras mundiais, como a Orchestre de la Suisse Romande, a Royal Philharmonic de Londres, a Orchestre de Paris, a Orquestra da Ópera de Nice.
Sua obra está gravada atualmente em 57 CDs lançados em todo o mundo. Foi diretor Musical da Radio MEC, Rio de Janeiro, diretor do programa "Concertos para a Juventude" na Rede Globo e o primeiro Diretor do Instituto Nacional de Música da FUNARTE, no qual lançou o programa ‘Espiral de Ensino de Cordas' a jovens carentes em todo Nordeste do Brasil.
Foi eleito por aclamação, em 1985, Presidente do Conselho Internacional de Música da UNESCO e organizou em Brasília, em 1987, o Dia Mundial da Música. A crítica e musicólogos internacionais são unânimes ao considerarem Marlos Nobre como a legítima expressão da música contemporânea do Brasil.
Recebeu mais de 40 encomendas das mais importantes instituições culturais e musicais de todo o mundo. Entre suas obras destacam-se ‘Divertimento' e ‘Concerto Breve' as quais serão apresentadas nesta terça.
Para abrir o concerto, o compositor que empresta seu nome a mais famosa sala do Teatro Nacional, Heitor Villa-Lobos. Do imponente conjunto das nove bachianas brasileiras inspirado no universo musical de Johann Sebastian, a segunda e a quinta ocupam, seguramente, o posto de obras mais populares em todo o mundo. A ária da quinta transformou-se na assinatura musical internacional de Villa-Lobos, primeiro gravada pela soprano brasileira Bidu Sayão nos EUA e de lá para cá dezenas de vezes. E a tocata final da segunda bachiana, que será ouvida nesta terça, correu o mundo com o subtítulo de "Trenzinho do Caipira". Villa-Lobos constrói interessantíssimos paralelos entre Bach e a música brasileira nestas nove obras-primas para várias formações instrumentais.
Os títulos dos movimentos, por exemplo, são duplamente caracterizados. Primeiro os títulos convencionais, em seguida os títulos correspondentes do cancioneiro folclórico brasileiro. Na segunda bachiana, a orquestração é particularmente enriquecida, com a inclusão de vários instrumentos brasileiríssimos de percussão, como ganzá, chocalhos, pandeiro, reco-reco e matraca, além dos convencionais caixa, triângulo, pratos, tam-tam e bombo. Escrita em 1930, na primeira fornada de bachianas, foi apresentada em Veneza, na Itália, em 1938. A ginga do capadócio combina-se com um adágio suingante no primeiro movimento, a ária relembra os candomblés; a dança entroniza o trombone como condutor solista deste baile insólito, e, para arrematar, uma sedutora viagem numa maria-fumaça do int

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