O Estadão
REUTERS
16/04/2009
SÃO PAULO - Iniciada em 2003, a franquia criada pelo diretor e roteirista Len Wiseman ganha uma nova sequência com a estreia de "Anjos da Noite - A Rebelião".
Neste episódio, em vez de retratar as aventuras da vigorosa vampira Selene (Kate Beckinsale, de "O Aviador"), o filme volta alguns séculos para revelar o começo da milenar batalha entre vampiros e lobisomens. Nesta produção, Wiseman mostra o nascimento do personagem Lucien (Michael Sheen, de "Frost/Nixon"), o líder dos lobisomens. Único de sua raça, com a capacidade de se transformar quando quer, ele passa a ser escravo da classe dos vampiros, comandados por Viktor (Bill Nighy, de "Simplesmente Amor"). Resignado com sua própria sorte, Lucien protege o clã, mesmo que para isso tenha que matar seres de sua própria raça. Tudo isso até se apaixonar pela filha de Viktor, Sonja (Rhona Mitra, de "O Atirador"), o que provoca uma guerra entre as espécies.
Toda essa história já havia sido contada em flashbacks no primeiro episódio de "Anjos da Noite" (2003). Afinal, será devido a esse imbróglio que, séculos mais tarde, Selene enfrentará não apenas Lucien, como também seu protetor Viktor, cujo desfecho só será revelado em "Anjos a Noite - A Evolução" (2006).
Como são filmes complementares, é inegável a necessidade de assistir às duas produções anteriores para compreender este "Anjos da Noite - A Rebelião". Se o espectador não conhecer de antemão os personagens, o interesse no filme não se sustenta.
Inspirado em videogames e RPGs (Role Playing Games), Wiseman criou um universo de lendas, profecias e personagens tão intrincado que é preciso lembrar das referências espalhadas pela franquia. Esse é um trunfo e também a maldição da série. Apesar de passar o bastão da direção do filme para o francês Patrick Tatopoulos, conhecido por seu trabalho em efeitos especiais em filmes como "Eu Robô" (2004) e "Silent Hill" (2006), Wiseman manteve sua participação na concepção da história. Isso conferiu à produção um direcionamento afinado com o que acontecerá séculos depois.
Embora seja o menor da trilogia, "Anjos da Noite - A Rebelião" manteve a competência técnica da franquia, com boas cenas de ação e efeitos especiais bem definidos. No entanto, como nos outros filmes, também peca na exacerbada ambição de criar a mitologia, sem unir essa vontade a um eficiente ritmo narrativo. (Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)
* As opiniões são responsabilidade do Cineweb
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