quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mostra de Cinema Experimental em Perspectiva invade a partir desta quarta o Museu da República


Começa daqui há pouco, às 19h30, e vai até o dia 25, a mostra Cinema Experimental em Perspectiva. O evento acontece no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República e faz parte do Projeto Cinema da República. A entrada é franca.
Durante 12 dias (exceto às segundas-feiras) o público vai poder conferir produções desde as primeiras experiências abstratas feitas ainda pelos surrealistas até obras mais recentes. Na programação, títulos criados por nomes como o fundador do dadaísmo Marcel Duchamp, pelo cubista Fernand Lèger e até experimentações visuais do publicitário australiano Daniel Askill. Além das obras de pioneiros como Germaine Dulac, capaz de se arriscar num território outrora dominado por homens; a mostra contempla ainda 11 curtas de criação recente, reunidos em Urban Visions ;série determinada a explorar as camadas de culturas urbanas mundo afora, e outro segmento, valorizado em festivais de cinema experimental pela Europa, denominado Resistência — Filmes Experimentais do Oriente Médio e do Norte da África, num bloco de oito artistas que apostam em ensaios visuais.
Há quem considere cinema experimental um espaço para iniciados. Mas o curador da mostra, Sérgio Moriconi, explica; “Um dos objetivos da mostra é provar que esta é uma idéia equivocada e evidenciar que novas possibilidades de linguagem cinematográfica é uma tarefa que acompanha os criadores do cinema desde os primeiros tempos”.
A mostra inclui ainda várias programações com produções contemporâneas e todos os filmes são indicados para maiores de 14 anos.
Obra de Jósef Robakowski: do contemplativo às situações tensas


O Brasil marca presença na seleção do projeto Cinema da República de duas maneiras: o filho de Roberto Miller (menção honrosa no Festival de Cannes, há 50 anos, com Sound abstract) cedeu DVDs da arte do pai, enquanto a francesa Dominique Gonzalez-Foerster filmou Brasília, nos anos 1990, para obra reunida em Parc central. "Miller, que estudou com Norman McLaren (fundamental para o elevado patamar da animação canadense), assina O átomo brincalhão. Ele inovou com o aproveitamento direto da película virgem (de 35mm), pintada na superfície com tinta e nanquim. Já o trabalho de Dominique esbarra no tempo morto, com aproveitamento de ideias que, a princípio, aparentam ser banais, mas transcendem. O Parc explora 11 visões únicas, em parques de 11 cidades. Em Taipei (capital de Taiwan), por exemplo, ela trata de pessoas e animais que buscam abrigo até o fim da chuva", explica curador.

CinemaExperimentalemPerspectiva
14 a 25/01 Museu Nacional do Conjunto Cultural da República (próximo à Rodoviária do Plano)Horário: 19h30 (de terça a sexta) e 18h30 (sábados e domingos)Mais informações: 3325-5220 ou 3443-8891

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