da Folha de S.Paulo
Dois artistas de fora do eixo Rio-São Paulo foram os escolhidos pelo curador Ivo Mesquita para representar o Brasil na Bienal de Veneza, programada para ser aberta ao público no dia 7 de junho: o fotógrafo paraense Luiz Braga e o pintor alagoano Delson Uchôa. Mesquita, curador da polêmica 28ª Bienal de São Paulo, encerrada em dezembro, confirmou, ontem, à Folha, sua seleção.
A galeria Oeste, que representava Braga, fechou as portas no mês passado. "Estamos brilhando na razão inversa do mercado", comentou ele, por telefone, do Rio de Janeiro. Já Uchôa é representado pela antiga Brito Cimino, que passa a se chamar Luciana Brito.
Luiz Braga/Divulgação
Foto "Babá Patchouli", trabalho de 1989 do paraense Luiz Braga, representante da Geração 80 e um dos escolhidos para bienal
Presença no circuito
Ambos são da mesma geração, nascidos em 1956, e são artistas com presença no circuito institucional.
Uchôa participou da histórica mostra "Como Vai Você, Geração 80?", realizada em 1984, no Parque Lage, no Rio, e mais recentemente da 24ª Bienal de São Paulo, com curadoria de Paulo Herkenhoff, em 1998, e do 30º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna, em 2007, organizada por Moacir dos Anjos.
Típico representante da Geração 80, Uchôa cria suas pinturas sobre suportes distintos como fotos e tecidos plásticos, a exemplo de "Entre o Céu e a Terra", trabalho que exibiu em "Contraditório", o Panorama de 2007, também visto em Madri, no ano passado.
Já Braga, apesar de nunca ter participado de uma Bienal de São Paulo, teve várias exposições em instituições nacionais como o Museu de Arte de São Paulo, onde também faz parte da coleção Masp-Pirelli, e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, além de outras no exterior, como na Photographer's Gallery, de Londres.
"Sou meio 'off' por trabalhar e morar em Belém, mas é minha escolha. Meu trabalho não está pautado pelo mercado, sempre fui fiel ao que chamo de território interior do olhar, muito mais influenciado pelas artes plásticas do que pela fotografia", conta Braga.
As imagens que serão vistas em Veneza ainda não foram selecionadas pelo curador. "O Ivo me disse que vai para Belém no próximo mês, mas a gente já sabe por quais caminhos vamos trilhar, que são a cor e a luz, os mais marcantes do meu trabalho", diz o paraense.
Em abril, o fotógrafo participa da primeira mostra organizada por conta do Ano da França no Brasil, na Pinacoteca do Estado.Lá, ele irá exibir 25 imagens inéditas, ao lado de fotógrafos franceses como Pierre Verger e Marcel Gautherot.
Segundo a Folha apurou, a decisão de Mesquita não agradou a alguns conselheiros da Fundação Bienal, como Jens Olesen, que havia indicado a artista Regina Silveira, também da Luciana Brito, para representar o país na mostra de Veneza.
Foi a segunda vez que Mesquita indicou artistas para o pavilhão brasileiro: há dez anos, sua dupla foi composta por Iran do Espírito Santo e Nelson Leirner.
Dois artistas de fora do eixo Rio-São Paulo foram os escolhidos pelo curador Ivo Mesquita para representar o Brasil na Bienal de Veneza, programada para ser aberta ao público no dia 7 de junho: o fotógrafo paraense Luiz Braga e o pintor alagoano Delson Uchôa. Mesquita, curador da polêmica 28ª Bienal de São Paulo, encerrada em dezembro, confirmou, ontem, à Folha, sua seleção.
A galeria Oeste, que representava Braga, fechou as portas no mês passado. "Estamos brilhando na razão inversa do mercado", comentou ele, por telefone, do Rio de Janeiro. Já Uchôa é representado pela antiga Brito Cimino, que passa a se chamar Luciana Brito.
Luiz Braga/Divulgação
Foto "Babá Patchouli", trabalho de 1989 do paraense Luiz Braga, representante da Geração 80 e um dos escolhidos para bienal
Presença no circuito
Ambos são da mesma geração, nascidos em 1956, e são artistas com presença no circuito institucional.
Uchôa participou da histórica mostra "Como Vai Você, Geração 80?", realizada em 1984, no Parque Lage, no Rio, e mais recentemente da 24ª Bienal de São Paulo, com curadoria de Paulo Herkenhoff, em 1998, e do 30º Panorama da Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna, em 2007, organizada por Moacir dos Anjos.
Típico representante da Geração 80, Uchôa cria suas pinturas sobre suportes distintos como fotos e tecidos plásticos, a exemplo de "Entre o Céu e a Terra", trabalho que exibiu em "Contraditório", o Panorama de 2007, também visto em Madri, no ano passado.
Já Braga, apesar de nunca ter participado de uma Bienal de São Paulo, teve várias exposições em instituições nacionais como o Museu de Arte de São Paulo, onde também faz parte da coleção Masp-Pirelli, e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, além de outras no exterior, como na Photographer's Gallery, de Londres.
"Sou meio 'off' por trabalhar e morar em Belém, mas é minha escolha. Meu trabalho não está pautado pelo mercado, sempre fui fiel ao que chamo de território interior do olhar, muito mais influenciado pelas artes plásticas do que pela fotografia", conta Braga.
As imagens que serão vistas em Veneza ainda não foram selecionadas pelo curador. "O Ivo me disse que vai para Belém no próximo mês, mas a gente já sabe por quais caminhos vamos trilhar, que são a cor e a luz, os mais marcantes do meu trabalho", diz o paraense.
Em abril, o fotógrafo participa da primeira mostra organizada por conta do Ano da França no Brasil, na Pinacoteca do Estado.Lá, ele irá exibir 25 imagens inéditas, ao lado de fotógrafos franceses como Pierre Verger e Marcel Gautherot.
Segundo a Folha apurou, a decisão de Mesquita não agradou a alguns conselheiros da Fundação Bienal, como Jens Olesen, que havia indicado a artista Regina Silveira, também da Luciana Brito, para representar o país na mostra de Veneza.
Foi a segunda vez que Mesquita indicou artistas para o pavilhão brasileiro: há dez anos, sua dupla foi composta por Iran do Espírito Santo e Nelson Leirner.
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