Do Correio Braziliense
A primeira edição do projeto Marco Zero, em 2008, foi na Torre de TV
Cercado por quatro paredes, o bailarino não precisa lidar com a imensidão do espaço aberto. Pode levantar um braço sem que o gesto se perca no horizonte. Se der um pulo, poderá até sugerir um voo. Mas foi exatamente para experimentar a ausência da segurança quando somem as quatro paredes que a bailarina Marcelle Lago criou o Marco Zero, projeto que integra dança e arquitetura em sessões de performances pelos espaços públicos da capital. A primeira edição foi no ano passado, na Torre de TV. A segunda teve início esta semana com uma série de oficinas e chega ao público, nesta sexta (23/01) e sábado, em performances de 10 profissionais convidados. A primeira etapa do Marco Zero pode ser conferida hoje, a partir das 18h30, em frente ao Museu da República. O grupo de bailarinos inscritos para a oficina do uruguaio Martim Inthamoussú, organizador do festival Montevideo Sitiada, faz exercícios ao ar livre. São esboços das intervenções programadas para amanhã e domingo, espécie de ensaio que busca a interação com o público e o espaço urbano para testar os movimentos. “Ministramos as oficinas no local das apresentações”, avisa Marcelle. A partir das 13h de amanhã, os bailarinos vão ocupar a Rodoviária e o Museu da República para séries de performances em que pretendem estabelecer diálogos entre os movimentos corporais, o cenário arquitetônico e os frequentadores dos dois locais. “A ideia é que os bailarinos trabalhem performances e happenings com coreografias específicas para cada espaço. Podem trabalhar dentro de um percurso e a ideia é que a intervenção coreográfica seja diferente das artes plásticas”, adianta Marcelle. O grupo de artistas reúne nomes como o ator Alessandro Brandão e os bailarinos Luciana Lara, Júlio Campos, Gabriel Sanches, Alexandre Nas e Cleani Marques. As performances começam no Plano Piloto. Primeiro os bailarinos tomam a praça em frente ao Museu da República para, em seguida, se dirigir à Rodoviária. O metrô será o meio de transporte até a Praça do Relógio, em Taguatinga. É no centro da cidade que o Marco Zero encerra as sessões. “Quando pensei na arquitetura, pensei na relação do bailarino com esse cenário que não é o da sala de aula. O corpo, muitas vezes, está condicionado à sala. Dentro do espaço arquitetônico, a relação é diferente, o movimento fica menor e é preciso se relacionar com o espaço para ele não te engolir”, explica a idealizadora do projeto.
A primeira edição do projeto Marco Zero, em 2008, foi na Torre de TV
Cercado por quatro paredes, o bailarino não precisa lidar com a imensidão do espaço aberto. Pode levantar um braço sem que o gesto se perca no horizonte. Se der um pulo, poderá até sugerir um voo. Mas foi exatamente para experimentar a ausência da segurança quando somem as quatro paredes que a bailarina Marcelle Lago criou o Marco Zero, projeto que integra dança e arquitetura em sessões de performances pelos espaços públicos da capital. A primeira edição foi no ano passado, na Torre de TV. A segunda teve início esta semana com uma série de oficinas e chega ao público, nesta sexta (23/01) e sábado, em performances de 10 profissionais convidados. A primeira etapa do Marco Zero pode ser conferida hoje, a partir das 18h30, em frente ao Museu da República. O grupo de bailarinos inscritos para a oficina do uruguaio Martim Inthamoussú, organizador do festival Montevideo Sitiada, faz exercícios ao ar livre. São esboços das intervenções programadas para amanhã e domingo, espécie de ensaio que busca a interação com o público e o espaço urbano para testar os movimentos. “Ministramos as oficinas no local das apresentações”, avisa Marcelle. A partir das 13h de amanhã, os bailarinos vão ocupar a Rodoviária e o Museu da República para séries de performances em que pretendem estabelecer diálogos entre os movimentos corporais, o cenário arquitetônico e os frequentadores dos dois locais. “A ideia é que os bailarinos trabalhem performances e happenings com coreografias específicas para cada espaço. Podem trabalhar dentro de um percurso e a ideia é que a intervenção coreográfica seja diferente das artes plásticas”, adianta Marcelle. O grupo de artistas reúne nomes como o ator Alessandro Brandão e os bailarinos Luciana Lara, Júlio Campos, Gabriel Sanches, Alexandre Nas e Cleani Marques. As performances começam no Plano Piloto. Primeiro os bailarinos tomam a praça em frente ao Museu da República para, em seguida, se dirigir à Rodoviária. O metrô será o meio de transporte até a Praça do Relógio, em Taguatinga. É no centro da cidade que o Marco Zero encerra as sessões. “Quando pensei na arquitetura, pensei na relação do bailarino com esse cenário que não é o da sala de aula. O corpo, muitas vezes, está condicionado à sala. Dentro do espaço arquitetônico, a relação é diferente, o movimento fica menor e é preciso se relacionar com o espaço para ele não te engolir”, explica a idealizadora do projeto.
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