domingo, 25 de janeiro de 2009

Inclusão-

Cantar é terapia para pacientes de Alzheimer do HUB

O estímulo ao canto tem trazido bons resultados para pacientes de Alzheimer em tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Criado em 2005, o coral da unidade funciona como terapia complementar para os portadores da doença.De acordo com o idealizador da proposta e presidente da Associação Mundial de Gerontologia e Geriatria, Renato Maia, a iniciativa tenta recuperar a memória, a alegria e o bem-estar dos pacientes."Não foi possível ainda comprovar isso através de testes científicos, mas familiares tem notado que os casos de pacientes que freqüentam o coral tem ficado mais estáveis, eles estão muito mais alegres e comparecem ao centro com mais disposição do que antes", disse.Para Maia, os encontros do coral são animados. O grupo, que conta com quase 30 pessoas, tem no repertório sambas, marchinhas de carnaval e músicas folclóricas. As músicas escolhidas são geralmente fáceis e do passado. São aquelas que os pacientes tiveram mais oportunidade de ouvir e que tem maior possibilidade de recordar.Além dos pacientes, os familiares são convidados a participar do coral. Segundo Maia, a integração entre parentes e portadores da doença é muito importante, pois melhora a qualidade de vida deles.Muitos pacientes com Alzheimer sequer conseguem cantar a letra da música corretamente. O familiar é quem auxilia e incentiva e essa forma de terapia visa também a contribuir para o bem-estar do familiar, que sofre muito com a pessoa que tem a doença, afirma o coordenador.Segundo ele, a terapia complementar não visa apenas descobrir a cura da doença, controlar a agressividade e melhorar a memória dos pacientes, mas também fazer com que os pacientes reencontrem a alegria de viver.De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa do cérebro, que atinge, atualmente, entre 17 e 25 milhões de pessoas em todo o mundo. Esquecimento e confusão mental são os principais sintomas da doença. A causa ainda é desconhecida e não há cura. Entretanto, já existem drogas que atuam no cérebro tentando bloquear a evolução da doença.

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