sexta-feira, 24 de julho de 2009

“O Mar é Minha Terra” obra de Beto Pandiani

Da Tribuna do Brasil
24/07/2009


Divulgação
O fio condutor da história é o diário de bordo da travessia do Pacífico e suas lembranças

Viajante incansável e um dos mais respeitados velejadores do mundo, Beto Pandiani não poderia ter escolhido lugar mais adequado para apresentar sua primeira obra: O Mar é Minha Terra, estreia também da Grão Editora, foi lançado no início desse mês, na Casa Cor, em São Paulo, e já conta com a admiração do público e crítica.

Na obra, que tem como fio condutor o diário de bordo da Travessia do Pacífico, sua viagem mais recente a bordo de um catamarã sem cabine, e também a mais longa delas, o velejador relembra passagens imperdíveis de suas cinco jornadas anteriores, e recupera uma boa parte de sua trajetória pessoal, passando por momentos de sua infância, juventude e maturidade.

As narrativas, que envolvem a busca e o encontro com o pai e irmãs desconhecidas, arrebatam por sua delicadeza enquanto conduzem o leitor a paisagens e pensamentos longínquos, onde somente uma expedição pelos mares e oceanos pode conduzir.

Neste primeiro livro de memórias, Pandiani revela-se um narrador hábil e um excelente contador de histórias, que levará o leitor a navegar em ondas, que mesclam momentos de calmaria a situações de risco extremo, viagens interiores e aventuras ao redor do globo às quais a maioria das pessoas jamais se arriscaria.

"Quando parti pela primeira vez, logo notei que não era só o mar que me atraía. Minha intuição me guiou para as mais significativas experiências que já tive e nem sonhava existir. Foram encontros e despedidas, situações de perigo e insegurança, mas incontáveis momentos de deslumbramento e aprendizado. Foi no mar que senti pela primeira vez o gosto da comunhão com a Natureza. Foi durante essas viagens, distante do massacre diário dos meios de comunicação em forma de tragédias, violência e corrupção, que ajudam a criar a falsa ideia de que o ser humano não vale a pena, de que não existe mais esperança para o homem, que encontrei razões para contradizer essa percepção", diz Betão.

Segundo o jornalista Fernando Paiva, que assina o prefácio da obra, “à diferença da maioria dos relatos de aventura e das biografias de homens do mar, no entanto, este O mar é minha terra não se resume à descrição de barcos, marinheiros, acidentes geográficos, tempestades e calmarias. Trata-se do primeiro livro escrito por Beto Pandiani, e isso faz dele obra completamente diversa das três anteriores por ele protagonizadas. Nelas, as andanças marítimas de Betão foram documentadas por jornalistas e fotógrafos. Nesta, ele foi bem mais fundo. Resolveu realizar uma viagem para dentro de si”.

“Neste livro, você descobrirá um homem sensível que narra suas experiências, marítimas e de vida, da mesma forma que as vivenciou: de peito aberto. Um explorador que transporta o leitor a pontos remotos do mar e da terra, aos quais chegou sempre levado por suas audaciosas jangadas hi-tech”, afirma na apresentação do livro a fotógrafa Maristela Colucci, que cobriu as expedições Rota Boreal e Travessia do Pacífico.

Roberto Pandiani, 51, há 14 anos realiza expedições de alto desempenho pelos mais temidos mares do mundo a bordo de catamarãs sem cabine. Realizou seis expedições oceânicas em embarcações deste tipo: em 1994, a Entretrópicos, de Miami a Ilhabela (SP); em 2000 e 2001, a Rota Austral, do Chile, dobrando o Cabo Horn, até o Rio de Janeiro (RJ); em 2003, a Travessia do Drake, em que alcançou a Antártica; em 2004, a regata Atlantic 1000, nos EUA; em 2005, a Rota Boreal, de Nova York à Groelândia; e finalmente, em 2007 e 2008, a Travessia do Pacífico, do Chile à Austrália.

Filho do também velejador italiano Corrado Pandiani, conquistou prêmios nacionais e internacionais e coleciona marcos vitoriosos na história da vela mundial.

Fonte : Tribuna do Brasil
Data : 24 de julho de 2009

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