quinta-feira, 30 de julho de 2009

Cultura nas Cidades comemora sucesso da iniciativa

Jornal de Brasília
30/07/2009

Em pouco mais de três meses, o projeto Cultura nas Cidades trouxe para o Distrito Federal várias atividades artísticas e diversificada programação cultural. Foram nove atrações musicais com repercussão nacional e mais de 500 artistas locais contratados em todas as cidades do DF, entre músicos, palhaços, contadores de histórias, grupos de cultura popular, teatro, escolas de samba, entre outros.

Criado para valorizar o artista local e descentralizar a cultura do DF, o projeto teve a sua primeira edição no dia 18 de abril se estendendo até o dia 19. Nessas nove edições que já aconteceram, cerca de 50 mil pessoas prestigiaram o projeto. O carteiro Aderlan Bruno esteve no evento de Sobradinho II e afirma ter gostado muito do que viu. "Adorei os shows. Nunca tive a oportunidade de ver uma apresentação do grupo Fundo de Quintal, mesmo gostando muito deles. E de repente, eles vieram aqui, no portão da minha casa. Muito boa a iniciativa", afirma. Opinião compartilhada pela estudante Jéssica Carvalho, 18 anos, que participou empolgada dos dois dias de shows na Torre de TV. "É importante dar espaço para quem é daqui. Brasília não é apenas a capital do Rock, mas uma cidade onde se escuta de tudo. Não vejo a hora do programa chegar ao Gama, cidade onde moro", diz.

Os artistas também estão satisfeitos com os resultados alcançados. "A Secretaria de Cultura está de parabéns. É muito importante que as bandas da cidade tenham um espaço como o palco que tivemos para nos apresentar. São poucas as pessoas que tem a oportunidade de subir em uma estrutura profissional", explica Rubens Leite, vocalista da banda Na Lata. Luiz Kafa, vocalista da Brazilian Blues Band, diz que "o Cultura nas Cidades vem democratizando a Cultura em Brasília. Há muito tempo a classe artística esperava uma proposta como esta para mostrar seu trabalho. É um grande passo que deve durar mais que um governo". Até mesmo os artistas que já têm uma carreira forte e consolidada gostaram de participar do projeto. "Nascemos de um festival. Existe muita gente boa que só precisa ser descoberta. Quando o Estado incentiva a cultura fica mais fácil para todo mundo. É importante que nesse contato com a cultura o público descubra que, mais que assistir a um show, trata-se de uma oportunidade de reflexão, para fazer o bem e ser feliz," afirmou o vocalista do Fala Mansa, Tato.

De acordo com o Subsecretário de Mobilização e Eventos, Gerson de Lima, o segredo para o sucesso do projeto está na equipe de pessoas que trabalham duro todos os finais de semana, e na vontade de fazer dar certo. "Trabalhamos muito para que o projeto ficasse bem amarrado e agora o artista local tem vez", conta. Fazendo um balanço destes três meses, o subsecretário avalia como sendo positivo o saldo até o momento, já que o objetivo principal, que era a descentralização da cultura e a valorização do artista de Brasília, está sendo cumprido. E completa dizendo que: "O projeto está sendo muito mais benéfico do que no início. Com a proposta de realizarmos enquetes para que a própria população decida quem sobe aos palcos, estamos analisando quem são os artistas que tem maior identidade com o público de Brasília para que sejam convidados para se apresentar nos 50 anos. Acaba sendo uma espécie de audição", concluiu.

Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal

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