quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

R$ 36.000.000,00 para a Cultura do Distrito Federal. Será?

É de encher o peito de esperança, ainda mais depois de tantas promessas, de tanta luta e de tanto aguardar.

Essa é a estimativa de recursos destinados ao Fundo de Arte e Cultura para o ano de 2009, e é um ótimo valor para começarmos a pensar no que fazer de bom pela nossa Capital.

A otimista previsão corresponde a 0,03% da receita líquida do DF e, na forma da lei sancionada pelo Governador Arruda em 29 de abril de 2008, deveria ser utilizada para "aquecer" a combalida máquina da indústria cultural de nossa Cidade.

A lei, de tão boa, está servindo de modelo a diversos municípios, cidades e até na reformulação da Lei Rouanet, com a otimização do Fundo Nacional da Cultura.

Mas não se iludam: dinheiro assim é sangue em mar de tubarões. Sem perder tempo, a Câmara Distrital ao apagar das luzes encontrou um "jeitinho" de destinar uma gorda fatia desses recursos para "eventos culturais", a serem utilizados sem edital ou licitação.

Essa artimanha foi capitaneada pelo deputado Cri$tiano Araújo, aquele que sempre pede nossa ComFiança. A intenção, não disfarçada, é favorecer eventos de cunho religiosos, entre outros.

Nada contra os religiosos e suas festas, mesmo porque sou religioso e sempre contribui para eventos do tipo, mas o dinheiro da cultura é da CULTURA!

Acho no mínimo justo que haja uma mobilização por parte desses grupos que apóiam e são apoiados por aquele deputado para que seja criado o Fundo de Eventos Religiosos, o FER. Nada mais justo.

Afinal, aonde eles estavam mesmo em 29 de abril?

Um comentário:

  1. Aliás, dos 30 milhões deste ano, que viraram 18 milhões em agosto, 9 milhões em novembro (quando foi lançado um edital do FAC), quanto realmente foi empenhado?
    Ora, sou Conselheiro de Cultura e acompanhei o esforço da Secretaria de Cultura em ouvir a comunidade, prorrogar o prazo do edital para que todos conseguissem o bendito CEAC (para quem não conhece, é o Cadastro de Entes e Agentes Culturais, essencial para participar dos editais) e tudo o mais...
    Então, o que não deu certo?
    Vamos perguntar ao nosso Secretário de Planejamento o porquê da dificuldade de liberar nossos recursos?
    Ou ainda, o porquê da dificuldade de cumprir a lei.

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