segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Divulgada a programação de Réveillon da Esplanada
Governo Anuncia Pacote para a Cultura
ESPECIAL PARA A FOLHA
Em iniciativa inédita na área, representantes dos três níveis de governo anunciaram um plano comum de combate aos efeitos da crise sobre a cultura.
Depois da ajuda aos bancos e à indústria automobilística, o meio cultural esperava, em silêncio e com ceticismo, plano análogo.Com razão: a cultura dá trabalho, senão emprego, a mais pessoas do que a própria indústria automobilística, segundo dados do governo federal.
Ainda para essas fontes, a cultura gera 8% do PIB nacional.
Embora críticos contestem esse índice -por incluir atividades não culturais-, reconhecem que mesmo os habituais 3% ou 4% (média internacional) seriam suficientes para justificar a medida.
À margem dos argumentos humanísticos e políticos sobre o papel da cultura, hoje despidos de apelo, o reconhecimento da função econômica da área terminou por convencer os opositores do plano.
Propostas
O Decálogo Cultural da Crise, como é chamado, prevê:
1) crédito imediato de R$ 4 bilhões para a produção cultural e instituições de cultura na linha de frente do contato com o público;
2) a partir de janeiro de 2009, e por dois anos (condição para todos os tópicos seguintes), 5% para a cultura sobre os valores das obras públicas federais de todo tipo (rodovias, aeroportos etc.);
3) 2% para a cultura sobre o valor de empreendimento imobiliário de uso coletivo a cargo da iniciativa privada (prédios residenciais, de escritórios, postos de gasolina, shoppings etc.);
4) 2% do Orçamento nacional para o Ministério da Cultura e dos Orçamentos municipais e estaduais para as respectivas secretarias da Cultura;
5) desconto de 100% sobre Imposto de Renda para doações de todo tipo a instituições culturais sem fins lucrativos (até o dobro do previsto na atual Lei Rouanet, da qual ficam eliminados os atuais entraves burocráticos);
6) idem para doações visando o aprimoramento cultural dos professores da rede pública de ensino;
7) criação de um Fundo de Reserva para a Arte Pública no âmbito municipal, com recursos orçamentários e outros derivados de uma nova Tarifa Municipal de Visitante (onde for inexistente);
8) financiamento visando a desenvolver, sobretudo pela iniciativa jovem, novas ofertas culturais que atraiam turistas, com recursos dos municípios e dos ministérios das Cidades e do Turismo;
9) isenção de impostos e taxas municipais e estaduais para empreendimentos culturais, com comodato de terrenos públicos quando necessário;
10) programa especial de desenvolvimento das grandes organizações culturais não vinculadas a entidades produtivas ou financeiras.A surpreendente medida reconhece que a cultura se dá na cidade e inclui uma também incomum preocupação com o público, a educação para a cultura e os jovens.
O crédito de R$ 4 bilhões, mesmo sendo metade do concedido à industria automobilística pela União e por São Paulo, é quase duas vezes o orçamento do MinC somado aos valores gerados pela Lei Rouanet no ano de 2008. E só as obras federais, nos próximos dois anos, chegarão a R$ 45,5 bilhões, dos quais 5% irão para a cultura.
A expectativa é de que também essas disposições transitórias se tornem permanentes, desta vez sem reclamações.Apesar do receio de que os habituais cortes na execução dos orçamentos públicos anulem parte dos benefícios previstos e de que a Lei Rouanet resulte diminuída em seus efeitos, a área já fala em verdadeiro renascimento cultural.É que, além da imediata geração de renda, prevê-se a rápida melhora, via cultura, da qualidade geral de vida em tempos de crise.
Para especialistas, trata-se de medida histórica de grande repercussão nacional e internacional.
TEIXEIRA COELHO é crítico e curador do Museu de Arte de São Paulo e autor do "Dicionário Crítico de Política Cultural" (ed. Iluminuras).
Filme 'Patativa do Assaré' vence Festival de Belém
AE - Agencia Estado
domingo, 28 de dezembro de 2008
"... um homem se humilha, se castram seus sonhos..."
Dia 24 último eu recebi umas cestas básicas para distribuir e já estava a caminho de Ceilândia Norte para entregar a quem pudesse fazer esse trabalho por mim.
Quando ia passando pela tesourinha da 302 Norte, vi um camarada sentado na grama, tremendo de tanto chorar... devia ter uns 30 anos e não estava tão mal vestido.
Na contramão do bom senso (já fui assaltado uma vez fazendo isso), parei o carro e ofereci uma das cestas pro camarada... puts! Pensei "chora porque não tem o que levar pra casa"
O olhar dele não era de um miserável, mas de um entre milhões igualmente desencantados da vida e se sentindo humilhado.
Ele aceitou a cesta sem me olhar nos olhos... falou um obrigado baixinho.
Perguntei se ele queria conversar, ao que ele balançou a cabeça negativamente.
Fui embora sem coragem de tentar dizer mais nada.
Na verdade, agora sei, ele chorava porque não tinha como levar alguma coisa pra casa.
Uma certeza tenho: se ao invés de uma cesta básica ele tivesse recebido a oportunidade de trabalhar, o desesperado se transformaria na minha frente em um guerreiro.
Levei as outras cestas ao seu destino me perguntando a razão disso tudo, e uma certeza tenho: a melhor cesta que podemos pensar em oferecer é uma cesta de oportunidades.
Yes, we can!
Tá bom, tá bom... sei o que jingle tá batido... que o Obama já ganhou, mas...
... prestem atenção: existe demonstração maior da força dos artistas do que esta? Emprestar a um discurso político roupagem para tranformá-lo naquilo que ficou conhecido como o hino da esperança norte-americana?
Aí eu digo a vocês: Sim, nós também podemos!
R$ 1,35 bilhão para a Cultura
Onde andam os programas culturais da TV brasileira?
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
POIZÉ!
Melantucanarismo
E pra quem gosta de samba...
A Estilo e Dança é parceira nesse projeto, que visa difundir cada vez mais a cultura brasileira do samba, tanto na música quanto na dança.
Onde? Clube da Imprensa, no Setor de Clubes Norte - Vila Planalto, ao lado do Clube da Aeronáutica, Av. do Blue Tree. Tel.: 8149-1373
Na foto, Ricardo Lira e Clemilson Rodrigues mandando no pé.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
R$ 36.000.000,00 para a Cultura do Distrito Federal. Será?
Projeto Dança e Cidadania - Capacitação em Dança de Salão para Jovens
Uma experiência que rendeu frutos e deu crias. A idéia está sendo reproduzida partir deste modelo, o que me deixa muito feliz.
Entenda um pouco do trabalho que foi realizado, em parceria com a Academia Estilo e Dança e a Secretaria de Esporte e Lazer (pasmem!) do Governo do Distrito Federal.
Reportagem TV Educativa: